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Plano de contingência para taxas dos EUA sairá até terça-feira

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Vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo AlckminJosé Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), afirmou nesta quinta-feira (07), em Brasília, que o plano de contingência para as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros está finalizado e será anunciado até terça-feira (12).

Durante entrevista concedida no estacionamento do Mdic, Alckmin afirmou que o plano já foi entregue ao presidente da República.

Ele [o plano de contingência] foi apresentado ao presidente Lula, que terminou ontem tarde da noite o trabalho [de leitura]. O presidente vai bater o martelo e aí vai ser anunciado. Se não for amanhã, provavelmente na segunda ou terça-feira”, disse.

A medida vai atender os setores brasileiros mais afetados pela tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre parte das importações.

Segundo ele, o plano será apresentado nos próximos dias, possivelmente por meio de uma Medida Provisória.

Alckmin explicou que o plano buscará socorrer de forma precisa as empresas que têm maior volume de exportação para o mercado estadunidense, com uma “régua” que considera as variações dentro de cada setor.

Ele exemplificou que alguns setores têm 90% da produção para o mercado interno, enquanto outros destinam metade ou mais da produção para os Estados Unidos, ficando assim mais expostos ao tarifaço.

O vice-presidente citou como exemplo o setor de pescados, em que a tilápia é consumida principalmente no Brasil, enquanto o atum tem a maioria da produção voltada para exportação.

Outro setor afetado é o de calçados, especialmente o couro, que exporta mais de 40% da produção para os Estados Unidos e emprega muita mão de obra.

O plano de contingência é exatamente para poder atender aquelas empresas que foram mais afetadas, que têm uma exportação maior para os Estados Unidos”, disse Alckmin.

Ele ressaltou que quase metade das exportações brasileiras, cerca de 45%, está fora do tarifaço e continua pagando tarifa de 10%.

Reuniões e interlocução com EUA

No dia seguinte à entrada em vigor da tarifa, Alckmin reuniu-se fora da agenda com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, no prédio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em Brasília.

Nem o ministério, nem a embaixada divulgaram detalhes da conversa, que abordou as relações entre os países.

Escobar, também se encontrou com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD), e visitou a Câmara dos Deputados no mesmo dia.

Impactos da tarifa

O governo dos Estados Unidos aplica uma tarifa total de 50% que afeta 35,9% dos produtos brasileiros exportados ao país. Outros 44,6% continuam sujeitos à tarifa anterior, de 10%.

Entre os produtos que não sofreram aumento estão suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos. Já as exportações de carne e café foram incluídas no tarifaço e pagam a alíquota máxima.

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