Afastado da presidência do Corinthians desde o final de maio, Augusto Melo vive a expectativa da votação que decidirá o seu futuro dentro da instituição do Parque São Jorge.
No próximo sábado (09), na sede oficial do clube paulista, no Tatuapé, sócios decidirão, em assembleia, a permanência ou o afastamento definitivo de Augusto Melo do comando alvinegro.
Caso a maioria dos associados entenda que o ex-mandatário não deve retornar ao cargo, o Conselho Deliberativo do Corinthians será o responsável por eleger um presidente interino para gerir a equipe até o final deste ano. Até o momento, Osmar Stabile, vice-presidente que assumiu o comando após o afastamento inicial, é o único candidato até o momento.
No entanto, se a maioria escolher a permanência de Augusto Melo na presidência, o dirigente volta ao cargo e o processo de impeachment é arquivado.
Entenda o caso
O pedido de impeachment de Augusto Melo é baseado em supostas irregularidades nas negociações do clube com a “VaideBet”, casa de apostas que foi o patrocinador máster do Timão entre janeiro e junho de 2024.
A votação que afastou o mandatário do cargo de maneira provisória aconteceu no dia 26 de maio, quando 233 conselheiros decidiram pela destituição, com um placar de 176 a favor e 57 contra.
O pleito que decidiria o futuro do pedido do impeachment aconteceu cinco meses após a primeira tentativa de votação. Em janeiro deste ano, o Conselho Deliberativo se reuniu pela primeira vez no Parque São Jorge para votar o pedido, mas a reunião foi adiada após uma confusão generalizada dentro do clube.
Além da briga, as principais torcidas organizadas do Corinthians também marcaram presença na sede do time, protestando contra o afastamento de Augusto na ocasião.
Réu no caso VaideBet
Além do processo de impeachment, Augusto Melo também tornou-se réu no caso Vai de Bet no final de julho, quando a Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público.
O ex-presidente foi acusado de lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado. Marcelo Mariano e Sérgio Moura, ex-dirigentes do clube, também serão julgados.
Além da acusação, o MP-SP também pede a indenização de R$ 40 milhões ao Corinthians pelo caso.