A Casa Branca anunciou que vai impor uma tarifa adicional de 25% sobre as importações da Índia, elevando o total de tarifas contra o importante parceiro comercial dos Estados Unidos para 50%. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (6). As informações são da CNBC.
“Constato que o governo da Índia está, direta ou indiretamente, importando petróleo da Federação Russa”, afirmou o ex-presidente Donald Trump em uma ordem executiva.
“Assim, e conforme a legislação aplicável, os artigos da Índia importados para o território aduaneiro dos Estados Unidos estarão sujeitos a uma tarifa adicional ad valorem de 25%”, diz o documento.
As novas tarifas devem entrar em vigor dentro de 21 dias, segundo a ordem. As tarifas anteriores de 25% começarão a valer já nesta quinta-feira.
Com isso, a nova taxa imposta à Índia se torna uma das mais altas aplicadas a qualquer parceiro comercial dos EUA. A medida é mais um indicativo de que Trump está cumprindo sua promessa de penalizar países que compram petróleo russo, intensificando a retórica contra o presidente Vladimir Putin e a invasão da Ucrânia.
Na semana passada, Trump declarou que a Índia pagaria uma tarifa de 25%, além de uma “penalidade” por adquirir equipamentos militares e energia da Rússia. Na ocasião, não ficou claro como seria aplicada essa penalidade.
Na terça-feira, Trump sinalizou que aumentaria significativamente as tarifas contra a Índia “nas próximas 24 horas, porque eles estão comprando petróleo russo e alimentando a máquina de guerra”.
“E se eles vão continuar fazendo isso, então eu não vou ficar satisfeito”, disse Trump no programa “Squawk Box”, da CNBC.
A Índia, por sua vez, afirma estar sendo “alvo” dos EUA e da União Europeia por importar petróleo da Rússia desde o início do conflito na Ucrânia.
O Ministério das Relações Exteriores da Índia afirmou em comunicado na segunda-feira que “é revelador que as mesmas nações que criticam a Índia estão, elas próprias, fazendo comércio com a Rússia”.
“Diferente do nosso caso, esse comércio não é sequer uma necessidade nacional vital para eles”, acrescentou o governo indiano.