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EUA e China retomarão negociações comerciais na próxima segunda

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Donald Trump e Xi Jinping vão se encontrar em LondresMontagem iG/WikiCommons

Os Estados Unidos e a China voltarão à mesa de negociações na próxima segunda-feira (9), em Londres. O anúncio foi feito pelo presidente americano, Donald Trump, após uma conversa telefônica de 90 minutos com o presidente chinês, Xi Jinping, na quinta-feira (5).

Segundo Trump, o objetivo do encontro é reduzir as tensões da guerra comercial, com foco em temas como o fornecimento de minerais críticos e as restrições tecnológicas.

A delegação americana será composta pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, pelo Secretário de Comércio, Howard Lutnick, e pelo Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer.

A inclusão de Lutnick na equipe é interpretada como um indicativo de possível revisão das restrições tecnológicas impostas à China, que afetam setores estratégicos do país asiático.

A reunião foi agendada após semanas de incertezas sobre o avanço do diálogo entre os dois países.

Em abril, o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, havia negado a existência de negociações em curso, classificando as declarações de Trump como “sem fundamento”.

Apesar disso, uma rodada de conversas foi realizada em maio, em Genebra, onde foi acordada uma trégua tarifária temporária.

Atualmente, os Estados Unidos aplicam tarifas de até 145% sobre produtos chineses. A China retaliou com taxas de até 125% sobre mercadorias americanas. As medidas levaram à redução do comércio bilateral, que em 2024 ultrapassou US$ 660 bilhões.

Segundo projeções do JPMorgan, as importações chinesas para os EUA podem cair entre 75% e 80% no segundo semestre de 2025. O impacto já é perceptível nos preços ao consumidor americano, principalmente em setores como eletrônicos, vestuário e brinquedos.

Em dezembro de 2024, Trump havia anunciado um acordo provisório que reduziu as tarifas americanas para 30% e as chinesas para 10%, por um período de 90 dias.

Posteriormente, em maio, sugeriu a possibilidade de novas reduções, com tarifas americanas podendo ser ajustadas para 80%, dependendo do andamento das negociações.

Na conversa com Xi, Trump e o líder chinês discutiram o fornecimento de minerais críticos, insumos essenciais para empresas americanas, e o impacto de restrições tecnológicas no crescimento industrial da China.

Expectativas dos EUA e China

Xi JinpingDivulgação/Governo da Rússia

Ambos manifestaram interesse em buscar soluções para atenuar os efeitos econômicos da guerra comercial.

Trump afirmou em uma postagem que “a reunião deve correr muito bem”, mas não forneceu detalhes sobre possíveis concessões. O encontro ocorre em meio a reações dos mercados financeiros, que demonstraram otimismo com a perspectiva de alívio nas tensões.

A China mantém a posição de que as negociações devem ser conduzidas em condições de igualdade.

Pequim também prepara novas medidas retaliatórias, incluindo tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA e a inclusão de empresas americanas em listas de restrição comercial. Ao mesmo tempo, sinaliza disposição para manter o diálogo aberto.

Nos Estados Unidos, Trump continua a defender que as tarifas são instrumentos para reverter déficits comerciais e estimular a produção doméstica em setores estratégicos, como semicondutores, medicamentos e aço.

Segundo o presidente, consumidores americanos estão preparados para absorver preços mais altos como parte do esforço de reequilíbrio comercial com a China.

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