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IR: 67% planejam usar restituição para pagar dividas

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Imposto de RendaJoédson Alves

Começou na última sexta-feira (30) o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda de 2025. A liberação soma mais de R$ 11 bilhões e contempla mais de 6 milhões de contribuintes, configurando o maior lote já registrado no país, tanto em volume de recursos quanto em número de beneficiários.

Segundo pesquisa encomendada pela Serasa ao Instituto Opinion Box, a maior parte dos brasileiros já tem destino certo para o dinheiro: 67% dos entrevistados afirmaram que pretendem usar a quantia para quitar dívidas e pagar contas.

Para o consultor financeiro Renan Diego, o uso da restituição com esse objetivo é positivo tanto para quem quer evitar o endividamento quanto para aqueles que buscam sair do vermelho.

“Esse movimento não surpreende, na verdade, é uma boa alternativa para se organizar financeiramente. O endividamento entre as famílias brasileiras registrou um aumento consecutivo nos últimos três meses, alcançando a marca de 77,6%, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). O valor da restituição pode ser usado não só para quitar as dívidas, mas também para adiantar alguma parcela ou para abater os valores de despesas que estão consumindo a renda mensal”, explica.

A pesquisa ouviu mais de 1.900 consumidores em todas as regiões do país e mostrou crescimento expressivo na fatia dos que priorizam o pagamento de contas com o valor restituído. Em anos anteriores, esse grupo correspondia a 45% dos entrevistados.

Neste ano, 25% afirmaram que pretendem quitar dívidas, 23% disseram que vão pagar contas do dia a dia, 11% citaram gastos inesperados e 8% querem usar a restituição para limpar o nome.

Com juros ainda altos no país, a orientação dos especialistas é priorizar as contas essenciais.

“O país vem enfrentando juros elevados, a Taxa Selic se encontra a 14,75%, o que aumenta as linhas de crédito. Por isso, quem está com dívidas e não consegue pagá-las por conta da falta de verba, se encontra entrando numa bola de neve, onde o valor só aumenta. Nessa situação, a restituição é uma boa saída para quitá-las ou para já abater uma parcela do déficit”, pontua Renan.

Entre as contas consideradas prioritárias para pagamento com o valor da restituição, o consultor destaca luz, água, condomínio e mensalidades escolares. Em seguida, devem entrar os débitos de consumo, como cartão de crédito e cheque especial.

Se ainda houver sobra após quitar as dívidas, a recomendação é usar o valor para iniciar um planejamento financeiro.

“Caso tenha sobrado alguma quantia, após quitar as dívidas e pagar as contas, é indicado começar a fazer um planejamento financeiro com esse valor. Um dos passos essenciais é criar uma reserva de emergência, guardando um determinado valor para bancar as despesas mensais ou para arcar com os gastos inesperados”, reforça o consultor.

O estudo também apontou que 16% dos brasileiros pretendem poupar o valor recebido, enquanto 14% querem investir. Apenas 6% disseram que vão utilizar o dinheiro para compras ou viagens.

“Para quem quer começar a investir, o ideal é começar pelo Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária, já que permitem resgates a qualquer momento e oferecem boa rentabilidade, chegando a até 200% do CDI em corretoras. Esses investimentos são mais vantajosos que a poupança e se adaptam a diferentes objetivos. Para quem já tem uma reserva financeira pode partir para a bolsa de valores, aplicando em Fundos Imobiliários (FIIs), que pagam renda mensal, ou em ações de empresas que pagam dividendos, com lucros distribuídos em diferentes períodos”, finaliza Renan.

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